quinta-feira, julho 20, 2006

Politicagem heterodoxa

Leiam isso: Políticos defendem pedofilia - http://nonsense.nominimo.com.br/.

... Os pedófilos holandeses e seu Partido pelo amor fraternal – hmm, sei! O amor está mais para paternal, isso sim.

Sabemos que por estas terras já existem políticos suficientes para formar as bancadas de cunho religioso, como a bancada dos evangélicos, a dos católicos, a dos umbandistas; que temos os políticos enrustidos que apóiam as causas GLBT; os que tentam e aos poucos implementam as ações afirmativas (leia-se: anti-racismo); os que defendem os direitos dos portadores de deficiência/cadeirantes, da causa verde e demais iniciativas politicamente corretas... E até aqui, tudo bem.

Mas já pensaram se todos os segmentos menos ortodoxos da sociedade resolvessem se organizar e fazer-se representar na política também? Que classes politicamente excluídas desse nosso imenso Brasil pleiteariam um lugar no Congresso, no Senado, nos Órgãos Executivos? Que partidos formariam? Quais seriam os líderes destes novos partidos? Que causas defenderiam? E o pior, como seriam as alianças entre partidos? Como seria o toma-lá-dá-cá dessa suruba político-partidária? Seguem abaixo minhas modestas sugestões:

a) Prostitutas – formariam o PFF (Partido pela Foda Feliz) e apontariam a distinta fundadora da ONG Davida ou aquela que deu luz à Daspu como concorrentes à direção do partido. Dariam pleno apoio à construção da Cidade do Sexo e ao tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional da nossa tão conhecida Vila Mimosa;

b) Narcotraficantes - já têm até partido, vejam que vanguardistas! O PCC, é claro, que a torto e a direito nos dá plena demonstração de organização e eficiência. Quanto às prévias do partido para eleição de seu dirigente, bem, seria uma briga de bandido grande: Marcola X Beira Mar, que não preza mesmo por essa tal de fidelidade partidária. E tome rajadas de acusações no decorrer do processo. Fogo amigo com eles seria algo um tanto literal, acredito. Uma das propostas do partido será a construção de uma gigantesca fábrica para banhar a ouro todas as pistolas e fuzis de seus correligionários;

c) Bicheiros – formariam o PBC (Partido Brasileiro da Contravenção); Elegeriam, obviamente, qualquer patrocinador de Escola de Samba para dirigente e lutariam bravamente pelo o direito de todos os cidadãos descamisados terem sua fantasia de Carnaval; de todos os sem-teto possuírem seu pedacinho na arquibancada da Marquês de Sapucaí e de um projeto revolucionário do Vale Banho-de-Sol Artificial para transformação de todas as mulheres em mulatas globeleza. Ah, também pleiteariam o direito de todo dono de boteco ter sua própria máquina caça-níqueis.

Quanto às coligações, como o conceito de fidelidade partidária não existe para o PFF, o partido poderia aliar-se (ou foder com, porque daria no mesmo...) ao PCC e em troca obter um desconto para folhar a ouro todas as bijuterias de suas afiliadas, o que daria um up grade no visual das meninas, aumentaria o orçamento mensal e isso se reverteria em maior arrecadação para o partido.

O PCC poderia associar-se ao PBC, fazer o “serviço sujo” de acabar com todos os desafetos dos contraventores em troca de seus correligionários terem seus nomes eternizados num samba-enredo, por exemplo.

Uma outra possível e prazerosa aliança seria a realizada entre o PFF e o PBC, que juntos poderiam criar a maior Zona de entretenimento do país, conjugando jogos de azar, sexy-shop, felação fast-food, e coisas do gênero.

Com temor de que tudo isso vire realidade em pouco tempo, acho melhor parar por aqui. Vai que alguém leva a sério...

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

-= Tantas siglas que eu fiquei tonto.

10:32 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Meu querido e único leitor, não fique assim, tome um Dramin que passa. :-)

Fabi

12:36 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Cheguei agora e vou ficar bem quieto por aqui... por enquanto.

6:02 PM  
Blogger ßïå disse...

Oi Barista!

Não fique quieto não! Tagateque à vontade por aqui.

:-)

11:59 AM  

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