quarta-feira, outubro 11, 2006

Levantando com 2 pés esquerdos

O dia começou bem… Acordei meia hora antes do habitual, porque minha colega de beliche pediu que colocasse o despertador para acordá-LA mais cedo. Resultado: EU é que fui alvo do despertador malvado, embora tenha ficado de lenga-lenga na cama até o horário de costume. Minha amiga nem se mexeu. Desci, olhei pela janela para ver como estava o trânsito em direção à Barra. Tudo normal. Daí, fiz tudo exatamente como faço todas as manhãs, na velocidade mínima de costume,claro, porque hoje o tempo era meu amigo.

Saí de casa um bocadinho mais cedo com a nobre intenção de chegar ao trabalho no horário devido. Não contava com um novo inimigo: o trânsito traiçoeiro. Ao caminhar em direção ao ponto de ônibus percebi que o trânsito que fluía normalmente poucos minutos atrás, de repente se transformou num emaranhado de carros. Tudo absolutamente parado. Por sorte, peguei logo uma van.

8:40 h – eu dentro da van. Estranhamento inicial ao perceber que a trilha sonora era música eletrônica(?). Se eu fosse mais perspicaz teria notado que isso era um aviso do cosmos que alguma coisa estava muito fora da ordem – alguém aí já viu motorista de van ouvindo outra coisa que não pagode ou funk? Eu ainda não.

8:55 h – ainda na van. Neste horário, já deveria ter cruzado o minhocão, o túnel Zuzu Angel, São Conrado inteiro e estaria apreciando a paisagem que mais gosto no trajeto para o trabalho: o elevado do Joá – magnífica combinação de mar e montanha, azul celeste e verde da mata... lindo de viver. Mas onde estava eu? Não tinha sequer atravessado o túnel.

9:05 h – saindo do túnel. Visão da auto-estrada Lagoa-Barra absolutamente parada. O motorista tenta uma estrada alternativa, pelo alto de São Conrado, que nos pouparia alguns minutos de imobilidade naquele trânsito. Relativo êxito. A esta altura a trilha sonora da van já tinha passado por um rock pesadinho, pelo hip hop, pelo pop e chegado ao reggae. E eu com um puta medo de que o cd acabasse, o motorista se lembrasse da 98 FM e tudo desembocasse no pagode!

9:40 h - e eu ainda em São Conrado. Como tudo continuava a passo de tartaruga, o motorista tomou a estrada do Joá. As coisas também estavam lentas por lá, mas como não existe funcionário atrasado e meio, relaxei e desfrutei o melhor do passeio turístico forçado desta manhã.

Momento zen: outros ângulos para observar São Conrado, o mar, o Morro Dois irmãos ficando para trás e a aproximação da Barra, vista de cima, são realmente eficazes para atenuar os aborrecimentos causados num dia assim.

O motivo do engarrafamento? Uma das pistas do elevado fechada para obras de contenção de encosta. Umas pedrinhas rolaram por lá no sábado e antes que a natureza resolvesse brincar novamente de estilingue com os carros que passam por ali, o governo fez mão dupla da pista de baixo. Como o elevado é a principal via de ligação Zona Sul-Barra, o caos se instaura.

10:15 h – finalmente na Barra da Tijuca. Levei nada mais nada menos que o triplo do tempo usual para chegar ao trabalho. E logo num dia em que o boy estaria na rua logo cedo a serviço... Felizmente os chefes já sabiam das condições do trânsito de hoje.

Terei todo o dia para me preparar psicologicamente para enfrentar o trajeto de volta. Mas só de lembrar que hoje é véspera de feriadão, há mais carros na rua e todos parecem ávidos por chegar cedo em casa... penso seriamente em ficar aqui até amanhã de manhã.

Quanto à trilha sonora? Para minha felicidade absoluta, o CD player da van estava no modo "repeat". Do reggae voltamos para a música eletrônica e nem o pagode nem o funk tiveram vez esta manhã. Só me arrependo de não ter perguntado os horários desse motorista, pois já não aguento mais Dicró e sua piranha, Perlla, Sabrina e MC sei-lá-quem dia sim e outro também.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Hehehe..
..eu já entrei numa van que tinha um dvd portátil com aqueles grupos tipo Calypso.. Certeza que não sei o nome.. mas achei que era pra lá de bizarro!!

Bom fim de semana.. Beijos!!

2:02 PM  

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