Procedimentos de emergência em casos de overdose

Blues Café - Sexta-feira, Julho 28, 2006
Diversos
Eu tento fugir dos blogs do outro lado da Via Dutra, mas que fazer, não é? ßïå escreve bem e seu Fabices está devidamente linkado aí ao lado.

Ai, ai... Excesso de massagem no ego deve ter alguma contra-indicação que eu não percebi quando li a bula. Devo estar sofrendo um gravíssimo efeito colateral: estou me sentindo insuportavelmente proud of myself !!

Por isso, em caso de overdose de elogios, já deixei o amigo Jåµë§ avisado quanto aos procedimentos de emergência, já que o mesmo foi o grande responsável por me apresentar o submundo bloguístico:

a) ele deve, vigorosamente, me fazer lembrar de minha ascendência portuguesa;
b) deve me fazer assistir Procurando Nemo pela enésima vez, me olhar no espelho em seguida e tentar identificar as semelhanças com a velha e boa peixinha Dory;
c) e, se não tiver obtido resultado satisfatório, uma medida drástica: ele está devidamente autorizado a me chamar de loura e a lembrar que o uso excessivo de neuronicida, que fiz durante anos de minha vida, acabou por me legar apenas Tico e Teco – que, por sua vez, estarão de folga neste fim-de-semana;

Obrigada, Barista, e a todos que têm aparecido por aqui. Confesso que estou gostando muitíssimo dessa experiência.

P.S. Em pensar que um dia cogitei a possibilidade de fazer graduação de matemática. E estava convicta que seria a própria mulher que calculava... hehe.

Finais inesquecíveis

Inspirada pela seção "Começos inesquecíveis", do blog do Sr. Sérgio Rodrigues - o http://todoprosa.nominimo.com.br , deixo aqui registradas minhas impressões sobre um livro que li recentemente. Um final memorável.

“(…) mãos felizes faziam murmurar, falar, cantar, rugir o violoncello, eis o que faltou a rostropovitch, esta sala de música, esta hora, esta mulher. Quando ele terminou, as mãos dela já não estavam frias, as suas ardiam, por isso foi que as mãos se deram às mãos e não se estranharam. Passava muito da uma hora da madrugada quando o violoncelista perguntou, Quer que chame um táxi para a levar ao hotel, e a mulher respondeu, Não, ficarei contigo, e ofereceu-lhe a boca. Entraram no quarto, despiram-se e o que estava escrito que aconteceria, aconteceu enfim, e outra vez, e outra ainda.” (As intermitências da morte, José Saramago)

Lindo, não é? Mas nada pior para alguém em período de total carência afetiva... aiai. Suspiros e mais suspiros solitários no calar da noite na Gávea.

Fabices masculinas

Por falar em fabices, vejam se o diálogo abaixo não seria digno de mim. Mas não se surpreendam se eu lhes disser que a fabiácea em questão é um sujeito alto, de óculos, com cara de conteúdo e moreno (há que se registrar), que até então era considerado a pessoa mais inteligente que eu conhecia. Depois disso, comecei a questionar meus valores. Vamos ver quem advinha o nome do cidadão.

(Diálogos via MSN)

A- Vem cá… como faço café ?

B - De novo? E o manual para os Microsof Coffee Providers? hahaha

A - Diz logo.

B - Hsbc ag/cc: XYZK-abcde-99 - minha conta corrente para depósito do valor da consultoria...

B - Pega a quantidade de xícaras indicada no marcador da cafeteira, divide por 4 e coloca esse número de colheres cheinhas de café no filtro. Não esqueça de pôr a água e de ligar a cafeteira... :P

A - O que eu faço primeiro ?

B - Hahaha. Ponha a quantidade de água que desejar, divida por 4, ponha o resultado em número de colheres de café (ponha o filtro de papel antes), ligue a cafeteira...

B - E esquente água no microondas para pôr na garrafa enquanto o café passa...

A - Não entendi nada.

ah... desisto.

A - Descreva as etapas: 1- fazer isso 2- fazer aquilo

B - Mas eujá disse...

B - A Z. não tá aí não?

B - Curso presencial é mais produtivo...

A - ela faz mal... *risos*

B - Hahaha

1. Colocar água no compartimento indicado. Ver a quantidade de xícaras indicada pelos tracinhos. Guarde esse número;

2- Coloque filtro de papel no local indicado;

3- Pegue a quantidade de xícaras de café, divida esse número por 4 e coloque o equivalente em número de colheres de café. Ex. para louros: Quantidade de xícaras (12) / 4 = 3 colheres de café (cheinhas).

4- Certifique-se de que a água quente passará pelo café e pelo filtro de papel e ligue a bendita cafeteira.

A - Aeee

B - :P

B - Vá fazer o café e depois me diz se ficou melhor do que o da Z.... hehe

A - aeee

A - 4- Certifique-se de que a água quente passará pelo café e pelo filtro de papel e ligue a bendita cafeteira.

B - Hehehe

A - Eu esquento água por quantos minutos ? E o que faço? Jogo em cima do café ?

B - Kakakakaka

B - Criatura, ponha a bodega da água no local p/ água que fica na cafeteira... ela mesma se encarrega de esquentá-la...

B - lado esquerdo=compartimento p/ água... lado direito=p/ café...

A - hmmmmmmmm.. vou tentar !

B - Aeee

B - E aí?

A - Obrigado !

A - Você é muito gentil.

B - Hahaaha. Essa foi ótima!

B - Até diria... agora já pode casar, se já não o tivesse feito.

A - hehhe

B - E o café? prestou? Hehe

A - Muito !

B - aêê! Vai ser promovido a ITI Coffee Maker... hehe

B - Pede um adicional no salário e depois repassa o valor da consultoria para minha conta.

A - algo assim...

Ufa! Estava quase perguntando se ele iria querer um manual mais detalhado com figuras ilustrativas.

Evitando processos judiciais

Antes que eu seja processada por calúnia e difamação em virtude do post abaixo, deixo claro que todos os textos publicados aqui são apenas fabices... Podem ser situados unicamente no campo da ficcialidade ou realicção, um singelo lugar onde "realidade e ficção se misturam", como disse um dia Mr. Bond, acho eu. Ok?

Portanto, com exceção do parágrafo em itálico, tudo o que se seguiu foi livremente inspirado em uma situação cômica entre amigas. E só.

Mr. Bond e Sr. Wayne, por exemplo, são testemunhas de que lá em casa nem estante existe, hehe. Existe, no máximo, um armário velhusco revestido em fórmica(!), daqueles que vovó usava para guardar suas panelinhas, fazendo as honras de estante...

Blitz cultural

Depois do comentário de uma amiga durante nossa costumeira caminhada na praia, fiquei pensando no que fazer para ajudá-la...

F, de hoje em diante te acompanho a todos os eventos 'toscos' que vc me chamar. Vc não vai ter mais desculpas para não ir e, além disso, eu quero me tornar uma pessoa mais cult. Não adianta só fazer cara de menina de conteúdo, né?

Bem... Algumas gargalhadas depois e por ser uma amiga leal, creio ser meu dever moral tentar ajudá-la a alcançar seus objetivos intelectuais. Sendo assim, hoje mesmo farei uma extensa blitz no cafofo para averiguar a existência e apreender qualquer objeto suspeito que remeta a distinta aspirante a cult a seu passado popularesco.

Tal qual uma viciada em drogas ilícitas, dessas de baixíssima qualidade vendidas em Cds nos inúmeros camelôs da cidade, minha amiga precisa ser urgentemente afastada de tudo aquilo que possa levá-la a possíveis e lamentáveis recaídas. Por isso, eis aqui o plano a ser implementado no nosso apartamento a partir de hoje:

1. Darei sumiço naquele CD do Calypso (blergh!) lá do quarto, que sequer consegue repousar sobre nossa mesinha de cabeceira, simplesmente porque é tocado à exaustão, a despeito dos ouvidos mais sensíveis à tamanha desafinação que habitam o mesmo espaço. Uma pena não estarmos mais na era do LP, que pelo menos arranhava ou furava quando era exigido demais e proporcionava alívio aos nossos tímpanos...

2. Apreenderei por tempo indeterminado aqueles CDs de funk que ficam em exposição na estante da sala, causando péssima impressão às visitas. Devem pensar que somos TODOS seguidores de refrões como “catuca, catuca, catuca lá no fundo” ou “tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha” e pérolas do gênero. Podem pensar até que “batemos bundinha” e fazemos trenzinhos e bondes no meio da sala, que horror! Mas não. Saibam esse é um caso isolado no apartamento (fica registrada aqui minha clara opção de pessoa careta e minha mão espalmada dizendo não às drogas, ok?!). No entanto, por precaução, antes que isso contamine o outro morador da casa, que já anda escutando Calcinha Preta, MC Leozinho e Perlla (pasmem!), é melhor darmos um fim nesses CDs.

3. Da mesma forma desaparecerão do apê, ad eternum, os CDs de Axé, pagodinho de 5ª (Molejo, Jeito Moleque, Raça Negra Revival, etc) e Arrocha (argh!!) que eu sei que ela esconde lá no guarda-roupa. Essas são medidas necessárias para não correr o risco de ver minha amiga tentando consumi-los no radinho do quarto em uma crise de abstinência.

4. Mandarei retirar do dial do meu velho toca-discos (é, eu ainda tenho um!) todas as sintonias referentes às rádios Nativa, FM O Dia e 98 FM. Jovem Pan, só em doses controladas e horários específicos. Paralelamente, podemos começar escutando um pouquinho de JB aqui, de Paradiso ali, um bocadinho de MPB FM acolá para que ela não tenha um choque anafilático auditivo.

5. Estarão proibidos também todos os programas do tipo fofocas-vespertinas-sobre-novelas-da-Globo, programas de auditório comandados por bestas-feras como Faustão, Gugu, Luciana Gimenez e coisas semelhantes. No seu lugar, apresentarei, em doses homeopáticas, o Sem Censura, o (Re)Corte Cultural e o Conversa Afinada, ambos da TVE/Cultura. Pode-se também apresentar o Eurochannel e outros canais de filmes/séries para que, aos poucos, ocupem o lugar das novelas nas páginas dessa vida.

6. Para complementar o processo, apresentá-la-ei ao circuito de cinemas do Grupo Estação e museus da cidade. A essa altura ela já estará mais desintoxicada e suportará bem a programação.

Ufa! Acho que já é um bom começo. E como sou boazinha, nem vou querer que ela se debruce sobre livros de filosofia, astronomia ou física quântica... um pouquinho de literatura nacional já serve. Para fechar com chave de ouro, faltará apenas tingir as madeixas de preto e, assim, potencializar o resultado.

Alguma outra sugestão para ajudar-me nessa empreitada?

P.S.: Brincadeirinha tá, amiga? Vc sabe o quanto me divirto contigo. Além disso, também sabe que do jeito que sou desorientada, eu é que ando precisando de inteligência artificial...rsrs

Politicagem heterodoxa

Leiam isso: Políticos defendem pedofilia - http://nonsense.nominimo.com.br/.

... Os pedófilos holandeses e seu Partido pelo amor fraternal – hmm, sei! O amor está mais para paternal, isso sim.

Sabemos que por estas terras já existem políticos suficientes para formar as bancadas de cunho religioso, como a bancada dos evangélicos, a dos católicos, a dos umbandistas; que temos os políticos enrustidos que apóiam as causas GLBT; os que tentam e aos poucos implementam as ações afirmativas (leia-se: anti-racismo); os que defendem os direitos dos portadores de deficiência/cadeirantes, da causa verde e demais iniciativas politicamente corretas... E até aqui, tudo bem.

Mas já pensaram se todos os segmentos menos ortodoxos da sociedade resolvessem se organizar e fazer-se representar na política também? Que classes politicamente excluídas desse nosso imenso Brasil pleiteariam um lugar no Congresso, no Senado, nos Órgãos Executivos? Que partidos formariam? Quais seriam os líderes destes novos partidos? Que causas defenderiam? E o pior, como seriam as alianças entre partidos? Como seria o toma-lá-dá-cá dessa suruba político-partidária? Seguem abaixo minhas modestas sugestões:

a) Prostitutas – formariam o PFF (Partido pela Foda Feliz) e apontariam a distinta fundadora da ONG Davida ou aquela que deu luz à Daspu como concorrentes à direção do partido. Dariam pleno apoio à construção da Cidade do Sexo e ao tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional da nossa tão conhecida Vila Mimosa;

b) Narcotraficantes - já têm até partido, vejam que vanguardistas! O PCC, é claro, que a torto e a direito nos dá plena demonstração de organização e eficiência. Quanto às prévias do partido para eleição de seu dirigente, bem, seria uma briga de bandido grande: Marcola X Beira Mar, que não preza mesmo por essa tal de fidelidade partidária. E tome rajadas de acusações no decorrer do processo. Fogo amigo com eles seria algo um tanto literal, acredito. Uma das propostas do partido será a construção de uma gigantesca fábrica para banhar a ouro todas as pistolas e fuzis de seus correligionários;

c) Bicheiros – formariam o PBC (Partido Brasileiro da Contravenção); Elegeriam, obviamente, qualquer patrocinador de Escola de Samba para dirigente e lutariam bravamente pelo o direito de todos os cidadãos descamisados terem sua fantasia de Carnaval; de todos os sem-teto possuírem seu pedacinho na arquibancada da Marquês de Sapucaí e de um projeto revolucionário do Vale Banho-de-Sol Artificial para transformação de todas as mulheres em mulatas globeleza. Ah, também pleiteariam o direito de todo dono de boteco ter sua própria máquina caça-níqueis.

Quanto às coligações, como o conceito de fidelidade partidária não existe para o PFF, o partido poderia aliar-se (ou foder com, porque daria no mesmo...) ao PCC e em troca obter um desconto para folhar a ouro todas as bijuterias de suas afiliadas, o que daria um up grade no visual das meninas, aumentaria o orçamento mensal e isso se reverteria em maior arrecadação para o partido.

O PCC poderia associar-se ao PBC, fazer o “serviço sujo” de acabar com todos os desafetos dos contraventores em troca de seus correligionários terem seus nomes eternizados num samba-enredo, por exemplo.

Uma outra possível e prazerosa aliança seria a realizada entre o PFF e o PBC, que juntos poderiam criar a maior Zona de entretenimento do país, conjugando jogos de azar, sexy-shop, felação fast-food, e coisas do gênero.

Com temor de que tudo isso vire realidade em pouco tempo, acho melhor parar por aqui. Vai que alguém leva a sério...

O primeiro post nem eu esqueço!

Fabices. Simples assim. Termo de sentido abrangente, porém econômico em sua forma e muito prático para figurar por inteiro na barra de endereços de qualquer browser e na lista de favoritos de meus amigos, he he. Esse é o melhor nome para o meu blog que eu poderia ter criado. Só que não o fiz. Sequer pensei em alguma coisa semelhante. Por isso, devo total crédito ao amigo blogueiro, mais conhecido como Jåµë§ ßønd, que me presenteou, no último aniversário, com a cereja que faltava na cobertura deste bolo, digo blog - o empurrão inicial de que eu precisava para dar voz àqueles pensamentos que costumavam entulhar a caixa postal de vocês.

Sendo assim, como “fabices” pode abarcar uma série de significados, este espaço se propõe a ser um misto de diário, coletânea de minúsculas crônicas (quem sabe um dia não chego a ser uma Cora Rónai ou Luis Fernando Veríssimo, né?), caixinha virtual de fotos, músicas, citações, links para algo que julgue interessante, bobajadas e tudo mais que minha memória não permite lembrar habitualmente.

Como figura no perfil, sou a antítese em pessoa. Daí a opção por inaugurar o blog como uma espécie de antiquário pessoal. O pouco que escrevi há algum tempo (leia-se meses) e que tem, para mim, mais valor sentimental que estilístico, foi reunido e será disponibilizado aqui para quem passar e espiar.

Desejo sinceramente que não faltem fontes de inspiração para posts neste espaço. Se considerarmos as desventuras (e por que não aventuras?) de nossos políticos, jogadores de futebol e celebridades, os micos dos amigos, as loucuras de nosso dia-a-dia, etc, vai ter material de sobra. Mas vai que o mundo se conserta e fica chaaato, certinho e deixa de ser matéria prima para deboche e sarcasmo... Torçamos, também, para que meus dois neurônios louros trabalhem direitinho e que em breve haja novos posts por aqui.

Espero encontrar aqui não só os amigos virtuais, mas principalmente os reais. Entrem e sejam bem vindos. Podem até fazer uma baguncinha lá nos comentários, que eu deixo (estou tomando regularmente a medicação para TOC que o psiquiatra receitou, ok?!). Lá é o cantinho para as puxadas de saco, babações de ovo, elogios sem fim e, claro, para críticas também, porque poderiam ter a impressão de que sou soberba, presunçosa, sabichona e intransigente. Adjetivos que, se vocês repararem, não constam da lista do meu perfil. :-)

Beijokas fofas a todos.

23/06/06 - O Itaú está piscando para você... As meninas da Atlântica também.

Mêda
Na mesma linha daquele comercial do ‘Itaú piscando’, a concorrência deve lançar para o próximo jogo do Brasil a campanha ‘Bradesco na mão’. No fundo, no fundo são todos iguais. (Tutty Vasques. nominimo.ibest.com.br)

Não sei por que, mas toda vez que ouço esse slogan do Itaú, me vem algo de sacanagem à cabeça, hehe. Daí lembrei de uma agência do Itaú que fica na Av. Atlântica - a conhecida “área de lazer” de Copacabana. As meninas de Copa devem estar se beneficiando do marketing indireto para incrementar o orçamento do mês, batendo ponto em frente ao banco, com aquela luz laranja-insinuante... hehe. Nem as colegas da Daspu foram tão ousadas em sua autopromoção.

Sei lá, mas esses slogans de duplo sentido mais parecem saídos das mentes perturbadas do Casseta e Planeta... Não demora muito para eles sacanearem esses comerciais. Deixa só a dor da saudade diminuir um pouco.

15/05/06 - Bloody Sunday Tupiniquim

São Paulo é impressionantemente megalomaníaca. Como se não bastasse ser a cidade mais populosa da América Latina, ter o maior parque industrial do país e, enfim, ser a mola mestra da economia brasileira (fazendo questão de vangloriar-se disso perante cariocas, obviamente), resolveu pleitear também o posto de cidade com o crime mais organizado do Brasil! E convenhamos, por mais bairristas que sejamos, temos, felizmente, que reconhecer a eficiência e a supremacia de São Paulo.

Não satisfeitos em ver o Rio de Janeiro na mira da imprensa nacional e internacional por sua "marola" de violência de 2002 e medíocres guerras de traficantes de 2004 e 2005, nossos queridos compatriotas marginalizados dedicaram todos os seus esforços e horas de ócio nos presídios de Sampa, ô meu, para nos tomar a alcunha de cidade mais violenta da nação. Ponto para eles. Em um único fim-de-semana, a cidade que nunca dorme conseguiu estampar todas as capas de jornais e revistas do país e mundo afora pelas barbáries cometidas contra policiais e civis. Ela obteve a projeção que desejava e alcançou o posto de Bagdá das Américas.

Para se ter uma idéia do nível de profissionalização dos traficantes de São Paulo, que estão nesse mercado há bem menos tempo que os similares cariocas, a facção criminosa PCC já é tratada pela imprensa como o Partido do Crime! Qualquer semelhança com a hierarquia política não é mera coincidência, por certo. Mesmo assim, não é justo! Vocês já ouviram alguém chamar o nosso “bom” e velho CV (Comando Vermelho) de Comitê Criminal ou o TC (Terceiro Comando) de Tribunal do Crime?

Ah, tudo bem... Inveja é um sentimento muito ruim para ser cultivado, por isso que colham os louros da vitória. Conformemo-nos com nossas modestas conquistas nas categorias Hospitalidade, Bom humor, Simpatia, Belezas Naturais e, óbvio, Carnaval mais animado do Brasil.

Não queríamos mesmo nos preocupar com a organização de “eventos” onde os quesitos de classificação e julgamento recebessem nomes do tipo: “ala dos policiais esturricados”, “ala das mães inconsoláveis”, “ala dos reféns dependurados” ou sequer “ala das autoridades inertes”... já nos bastam as autoridades insanas e em jejum.

E depois dizem que no Brasil não há terrorismo... Eis aí os representantes tupiniquins do Hezbollah, do Hamas, da Al Qaeda e do IRA e nosso próprio Sunday, Bloody Sunday.

23/02/06 - Abaixo o jabá

De antemão peço perdão aos fãs de carteirinha dos "artistas" citados abaixo, hehe. Por favor, não me processem, ok?

Abaixo o jabá
A Assembléia do Rio vai tentar acabar com o jabá das rádios por decreto. O deputado Gilberto Palmares apresentou projeto que, se aprovado, proíbe “o pagamento de benefício em dinheiro ou benefício direto ou indireto para veiculação de determinadas músicas”. Curiosamente, o projeto não estabelece sanções. (Gente Boa, O Globo, 23/02/06)

É... Pelo jeito será mais uma lei que, se passar, simplesmente não vai pegar, a exemplo de tantas outras como a da multa para pedestres que desfilam na ciclovia, atravessam fora da faixa, etc; a que proíbe o motorista de falar ao celular; a que criou o estatuto do torcedor mas não consegue colocá-lo em vigor, e coisas do gênero.

Conclusão: continuaremos, pois, a ouvir nas Nativas e FMs 98 da vida centenas de milhares de vezes por dia(!) as inspiradíssimas canções de Calypso (argh!), Jeito Moleque, Kelly Key, Latino, filhos de Francisco e outras pérolas da nossa tão estropiada MPB...

Mas enquanto o projeto está em votação, que tal sugerirmos algumas sanções para os infratores dessa (queira Deus!) futura lei e encaminharmos ao deputado Gilberto Palmares?

Multa? Que nada!! Para delinqüentes dessa estirpe somente medidas extremas podem ser aplicadas, para garantir a segurança da população auditivamente ativa.

Reclusão? Cerceamento do direito de ir e vir? Na-na-ni-na-não! Se enviássemos tais infratores para o cárcere, incorreríamos em outro crime: a tortura de prisioneiros - os outros presos, é claro - que, coitados, ficariam as 24 h do dia expostos às cantorias desses pseudo-artistas. Isso causaria danos irreparáveis aos seus ouvidos. É proibido por lei também.

Acho que a pena mais apropriada seria o simples uso de... mordaça (ou focinheira, se preferirem) pelo o cantor/a cuja música ultrapassasse o limite diário de execuções em uma emissora de rádio, com o adicional de reclusão para o proprietário da mesma.

Bem... acho que assim conseguiríamos acabar com essa manipulação aviltante de entrada/permanência de artistas e músicas de baixíssima qualidade que ocorre no sistema radiofônico. Mas se isso não fosse suficiente, não descartaríamos a hipótese de extirpação de cordas vocais, costura de lábios ou alguma coisa mais convincente.

23/02/06 - Programa furado

Programa furado
A cúpula da Secretaria de Segurança está intrigada sobre o que fazia o policial civil Túlio da Costa escoltando Mick Jagger em seu giro na Baronetti. Ele é o policial que foi agredido a socos por um bando na mesma boate, meses atrás, quando precisou levar 50 pontos no rosto.(Gente Boa, O Globo, 23/02/06)

Ha ha. Depois da mui-bem-sucedida-noite-pós-show-de-Mick Jagger, obra e graça do Sr. Oskar Metsavah, não me espantaria nadinha se me dissessem que ele também foi o responsável pelo planejamento da segurança do superstar, com a conseqüente contratação do referido policial. E me surpreenderia menos ainda se daqui a algum tempo ouvir dizer que os dois (o Metsavah e o policial costurado) foram indicados pelo futuro governador para os cargos máximos da Secretaria de Segurança Pública, que um dia esteve nas mãos de - nada mais, nada menos - Garotinho.

É... A cúpula da Secretaria de Segurança tem mesmo razão para intrigar-se, visto que nossos governantes tem o hábito de amarrar cachorro com cordão de lingüiça.

31/01/06 - Elogio erudito

" Você é a combinação mais insólita, improvável e aleatória de átomos que resultou, impressionantemente, num dos seres mais sarcásticos, impudicos, divertidos e inteligentes sobre a face da terra nos últimos milhões de anos."
Foi um baita elogio e uma dedicatória muito legal no livro que ela me deu... mas também pode ter sido o insulto mais erudito que alguém já me xingou. Tô confuso.

Explicando: Esse aí foi um post a que tive direito no blog de um amigo por ocasião de seu presente de aniversário, que a blogueira-caloura que vos escreve aqui lhe deu. O livro se chama "Breve história de quase tudo", de Bill Bryson (indicação de Cora Rónai, caso alguém se interesse) e fala um pouco de tudo, da formação da Terra, das grandes ciências da humanidade (Matemática, Física, Arqueologia, Geologia, Filosofia e tal), só que de uma maneira muito bem humorada. Muito legal mesmo. E parte da introdução fala sobre como as coisas foram formadas, de onde tirei idéia para escrever a dedicatória.

Bem, fica faltando postar a dedicatória completa que, modéstia à parte, gostei muito de ter escrito. Mas isso só quando eu pedir o livro emprestado pra ler, porque a desmemoriada aqui não guardou rascunho, hehe. Não se espantem, essa é apenas uma de minhas fabices...

19/01/06 - Como responder elegantemente seu colega de trabalho que envia arquivos PPS ou simplesmente: respostas cretinas para e-mails imbecis

Resposta sarcástica a um e-mail enviado em pleno horário de expediente, cheio de boas intenções, com o sugestivo subject abaixo. Nem preciso dizer que o e-mail veio devidamente acompanhado por um PPS gigantesco e cheio de frufrus, né? Não resisti. A pessoinha ficou sem graaaça... Só sei que depois disso nunca mais recebi coisas do gênero.

Subject: RE: AMIGOS VAMOS FICAR RICO HEIMMMMMM (sic)...

Ah, J., se você soubesse o quanto eu amo arquivos PPS...

Tem mais tela pedindo para reenviar o bendito do e-mail e contando as desgraças "destinadas" aos que se recusaram a fazê-lo que falando do próprio provérbio... ai ai. E aí, na dúvida, você resolve mandar, né? Tá certo...

Se você ganhar na loteria nos próximos dias, me avise! Caso eu não tenha morrido atropelada por um trem, não tenha tido um ataque cardíaco fulminante, nem tenha ficado cega, surda, manca e muda, eu recorro à minha caixa de e-mails e encaminho o querido PPS a todos os amigos da minha lista... e mudo a minha sorte também! he he. ;-)

P.S.: Desculpe a ironia... Sem ofensas, ok? É só que eu acho muita graça nesse tipo de e-mail. Um bom trabalho pra você e muito dinheiro também!

[ ]'s

13/01/06 - Chapinha pubiana

Chapinha pubiana
Um salão de beleza de Botafogo está oferecendo às suas clientes o serviço da chapinha pubiana. Trata-se do alisamento capilar, que já é notório na parte de cima, agora aplicado abaixo da linha do Equador. Tem sido um sucesso. Gente Boa (O Globo, 13/01/06)

Geeente! Que que é isso?

Já pensaram se a moda se extende aos outros tratamentos estéticos dedicados aos fios de cima? Luzes, reflexos, ballaiages, permanentes, corte moicano, dreadlocks, visual à "la Piná", e por aí vai... Se já era difícil classificar o mulherio em loura, ruiva ou morena, comprimento curto, médio e longo, daqui a algum tempo vai ser praticamente impossível!

Como se não bastasse a tortura da depilação, esse povinho da moda inventa mais uma?! Imaginem só uma escova lá, bem no montinho de Vênus? Ou ainda mais: pensem nos aparatos utilizados para se conseguir o efeito desejado... bob, bigodins, grampos, baby lise, prancha a 200 graus! Ai ai... dói só de pensar.

E o pior de tudo ainda está por vir: já já veremos o surgimento de uma nova "profissão", o Personal Mount of Venus Stylist...

23/11/05 - Brazilian exotic reality shows

Arte marcial
A TV chinesa lançará o reality “Chinese Kung Fu star search”, no qual telespectadores votarão via internet no seu discípulo de artes marciais preferido entre os concorrentes. (Controle Remoto, O Globo, 23/11/05)

Depois dessa, fiquei pensando no seguinte: Já pensou se a moda de reality-shows-representantes-nacionais pega? Quais seriam os melhores representantes desse nosso Brasil?

a) Brazilian next hot mulata globeleza. Para apresentador do programa, ninguém menos que Hans Donner, é claro. Afinal, Sargentelli já não se encontra mais por aqui.

b) The most charming Rio de Janeiro's "narcotrafficker". O público nem precisaria gastar minutos preciosos do dia para votar em quem deve ser eliminado. O paredão seria algo assim... um tanto literal, dada a variedade de facções reunidas por metro quadrado e a quantidade de AKs, fuzis AR-15, metralhadoras semi-automáticas, pistolas de ouro, etc.

c)The best Axé music singer of Bahia. Imaginem só: 12 axezeiros reunidos numa casa!! Comendo acarajé regado a água de côco, dormindo na rede o dia inteiro e compondo os hits que virarão mania no próximo verão, tipo "A dança do ofurô, ô,ô" ou refrões que grudam no ouvido como "Vem meu brother vem, meu brother vem pro quarto d'seu Rei vem!".

Bem, enviem suas sugestões para o Boni ou pro tio Silvio, que pelo jeito anda num desespero só, patrocinando cada coisa...

31/10/05 - É uma rapariga portuguesa, com certeza! É, com certeza, uma rapariga portuguesa!

Olá, pessoas!

Escutem essa, pra vcs rirem um cadinho logo de manhã...

Como se não me bastasse ter que passar por uma sessão de tortura a cada quinze dias para me livrar de todos os pêlos que insistem em crescer mais do que o aceitável (perna, axila, sobrancelhas e outras partes impróprias para o horário), acabo de descobrir que agora tenho que depilar também - advinha o quê? - o bigode!! É, isso aí. Pode rir, eu deixo.

Eu já andava desconfiada de que algo estranho estava se amontoando em cima da minha boca, mas daí a aceitar que agora sou uma mulher buçuda, do tipo portuguesa-que-nunca-viu-um-aparelho-de-barbear-na-vida... puxa... foi duro demais. Conclusão: passei o sábado me dedicando a extrair o "buço" fio por fio... Tô até mais leve agora.

Já estou até imaginando onde isso vai dar. Além das escovas de dente dos moradores e dos acessórios dos meninos, o armário do banheiro lá de casa vai ter que caber mais alguns itens - o meu philishave, a minha espuma para barbear e o meu vidro de loção pós-buço - c/ hidratante e embalagem rosa, é claro.

Bem, olhando pelo lado bom da coisa, pelo menos vislumbro uma nova carreira no horizonte - se o emprego de secretária aqui não vingar posso tentar uma vaguinha de mulher-barbada no primeiro circo que encontrar.

Meninos, alguma dica? :-)